Reitor se compromete com estudantes

Após uma semana de passagens em salas, intervenções políticas e artísticas na fila e dentro do Restaurante Universitário, e um grande “bandejaço” na porta do Gabinete do Reitor, as mobilizações da Semana do RU mostraram sua força na audiência pública realizada na última quinta-feira, dia 02/04. Diante de uma platéia de cerca de 200 estudantes, o reitor Álvaro Prata e seu staff – Diretora do RU, Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, ETUSC, etc. - receberam as reivindicações e escutaram as críticas ao sistema atual do RU: o tamanho das filas, a dificuldade na compra do passe, a ausência de opções para vegetariamos, falta de ventilação dentro do restaurante, etc.

Ao tomar a palavra, a primeira coisa que Prata disse foi “Me comprometo com todas as reivindicações expressas neste documento”. Entretanto, seus comentários subsequentes foram marcados pela indefinição. Não apresentou prazos para o início das reformas e inclusive defendeu algumas das últimas medidas que pioraram o atendimento, como a troca das bandejas por pratos. Todavia, a audiência foi vitoriosa. Além de tornar público o assunto e apresentá-lo oficialmente a administração central – que, assim, já não pode mais dizer que não conhece os problemas –, conseguiu-se a formação de um Comissão de Trabalho paritária que terá uma semana para apresentar as soluções emergenciais às filas, à venda de passes e à inclusão da opção vegetariana. A primeira reunião ocorrerá já nesta segunda-feira às 16h.

O comprometimento público do reitor altera profundamente as perspectivas de atuação do Movimento Estudantil nas próximas semanas. Trata-se agora de exigir o cumprimento do prometido por Álvaro Prata. Se seu posicionamento parece marcar uma diferença em relação aos reitores passados, a composição de sua Administração, que mantém o grupo de poder historicamente instituído na UFSC, leva-nos a crer que há grandes possibilidades de que as respostas – ou a falta de – sejam as mesmas de antigamente.

Se quiser ver atendidas as suas reivindicações, não resta outra alternativa ao ME senão apostar naquilo que tem de mais forte: estudantes organizados pelos seus direitos.

Fonte : http://chapaboasnovas.blogspot.com